Wednesday, January 31, 2007

23:11 (confia...)

Entenda!!! Porra! Entenda e me explique!!!! È muito angustiante!!!! ás vezes... Opressor!!!!
Tem terra em minha boca!!!!!!! Sufoca! E eu só penso... não me podem privar, vivo, disso... com todas as vírgulas!!! ...as reticências são parte do drama...
Inventamos dramas e somos forçados a viver dramas!!! Não são só os nossos sonhos... os das outras pessoas... estão todos organizados como num karaokê!!!! Essa metáfora, fora!
No Livro da Vida... serão esquecidas memórias? serão esquecidas histórias? serão esquecidas mentiras?
...essa canção que me mata... que me faz feliz...
eu precisava de mais uma chance pra ser tão ruim quanto gostariam que eu fosse...
eu precisava de mais uma dose disso-aí-que–eu-não-sei-o-nome pra ser tão inspirado quanto deveriam ser todos os poetas...
eu precisava de mais oportunidades pra cuspir, escarrar, ejacular... foda-se essa continência! viva a incontinência!!!!! Há!ha!ha!ha! Nós, assim, seres inumanos, seres sociáveis(?), só vivemos quando estamos descendo pelo ralo da demagogia!!!! O conceito se distorce e não somos nós os impositores...
Livro da Vida???? A catequese fala de um Livro da Vida... imposto o medo do prazer... praticamos o onanismo... meninos e meninas... solteiros, casados, vivos(!) e mortos(...) ... pois nem só de prazer vivem os onanistas... garotos e garotas... mas também de todo o desejo de ainda ser transgressor... “gagotos” e “gagotas”... reflita! O ser humano que se masturba no silêncio, no “toalete”, no escritório... ou mesmo aqueles, todos, os que o fazem dormindo... são transgressores!!!!
Ponho meus óculos escuros... mas está chovendo...não importa! Sou apenas um rocker!!!! ...e não estou pretendendo nada pelos próximos cinco minutos...

Monday, January 29, 2007

Me deixa errar tudo de novo!

...eu não consigo aceitar o fardo de ser incompleto! O ser humano é incompleto... me fizesse outra coisa, de outro jeito, outra forma... na verdade bastava uma outra vida preu poder tentar de novo! Oh! Candy... docinho, me deixa ir pro inferno!
Um amigo me perguntou hoje se eu tinha alguma novidade e eu lhe respondi que estava pensando em suicidar alguém... ele não entendeu. Mas não foi por mal! Eu sei disso, ele está incluso no mundo que o cerca e não se dá conta de que também é incompleto. Não quero me incluir, nem quero ser necessariamente aceito seja lá por quem for, acho até que sendo ignorado estaria melhor... tá bom! É foda! Parece forçado... também, que infantil da minha parte querer só ser visto pelas pessoas que eu amo... e elas são tão poucas!
Outra vida...errar tudo de novo!!!!! Sou assim teimoso, tenho fé... e fé é cega! Por isso tão bela! Será que acreditaria em outras coisas, viveria por outros princípios? Seria um aspirante a bostético...
Nunca vou conseguir aceitar estar longe de quem posso partilhar a essência, por mais difícil que isso pareça... tantos poemas que eu deixei de escrever... tantas piadas que deixei de contar... tantas experiências , lágrimas, sexo, nascimentos e renascimentos... transcendentais em carne e consciência...
Mas então... cadê aquela mão, corte de navalha, a se estender? Andamos todos aos pedaços, vamos deixamos no caminho pele, sangue, suco... terror não é ser isso, terror é sentir!!!! Hoje foi um dia difícil...
...eu não consigo aceitar o fardo de ser incompleto! Talvez seja isso o motor...

Tuesday, January 23, 2007

...noite...

Chega a noite...
Eu tomo veneno e sigo sem sonhar! Ela é minha amiga fiel...nunca me abandona! Não me nega seus prazeres e escuta meus passos em disritmia. Noite, companheira dos errantes, musa de poetas apocalípticos, rainha dos apaixonados, amante dos solitários...
A noite é diferente da madrugada, são momentos diferentes... Na noite a magia uiva e caça! A madrugada é digestão! ...a noite é o caminho, a madrugada é a chegada! E mais uma vez o mistério se interrompe...
Nela, escuto canções de desespero e paixão... espero por mim mesmo na esquina para apertar minha mão... o tempo se torce em espiral e enquanto a cidade diz descansar, a cidade queima... eu choro e rio, aqui onde estou!
Está tudo certo! Acredito na sua força... e de repente é só jazz! Improviso... variações sobre um mesmo tema! Tudo bem... essa é a noite... O contrabaixo grave, a bateria aparentemente desconexa e a guitarra em eterna agonia... minha alma! Um sorriso doce me escapa aos lábios e eu nem sei o motivo...talvez seja só ironia...
Minhas pálpebras se dilatam, mas não como as dos gatos... bicho que eu nem gosto... mas devia... eles são os verdadeiros donos da noite, eles e as bruxas! Prefiro as bruxas! Suas poções de amor e perdição... Sabia que seria assim desde muito cedo, quando adorava as noites de lua cheia, era criança e me contavam histórias, eu as ouvia olhando a lua branca no céu e imaginando que as bruxas deveriam ser bem diferentes de como me contavam... talvez já entendesse um pouco sobre sedução... esse poder...
A noite me ensinou a sedução... olhar nas sombras... voz suave e grave... pegada forte... dizer à que veio! Tenho pena dos que nunca conseguiram entender como isso tudo é delicioso! Ela é isso e muito mais... quero entender! Ser mais dela do que de mim pra no fim ser bem mais meu!
Realmente, a última coisa que posso desejar a qualquer um... boa noite!

Thursday, January 18, 2007

E quando você for ver é isso mesmo!!!

Não! Eu realmente não me sinto responsável por isso! Não fui eu! Tá bom... Ahhhhhhhhhh! Agora sim... precisava do grito... hehe!
Esse é o fogo! O fogo...
Nos tornamos civilizados... Buscamos aprender isso! Tratar bem a todos... bem educados! Mas como se vive tranqüilamente com isso quando se está cercado por pessoas que te mandam a todo o momento pra casa da porra! Basta ser sincero... hoje eu fui sincero! Eu falei para um cara que entregava papel de propaganda que não queria pegar o papel que ele me oferecia... e ele baixinho: vai tomar no cu! Como se convive bem com isso? Vamos todos viver essa hipocrisia que aprendemos na escola?!?!
Bom dia! Good morning! Speak english or die! Fale inglês ou morra! É assim... sem perdão! Coisas que aprendemos na escola... ou não! Meu inglês é uma merda! Estou morto? Tá bom, mas um professora certa vez quis me reprovar porque eu não queria passar o ano todo repetindo o verbo To Be como no ano anterior... I Am, You Are, He Is, She Is, It Is, We Are, They Are... ( O You Are repete...). Falou Pró... eu não esqueci! Também, quase cinco anos repetindo a mesma merda... até meu cérebro sequelado!
É.... o apocalipse tá aí né? È sério! Nãããão!!!!!!! Porque rolou uma conta errada aí... e o ano dois mil só vai rolar agora... ou foi em mil novecentos e noventa e cinco?... ou seis... Bem, o mundo vai acabar! Aquecimento verbal... global!!!!!!! Eu li num livro que as primeiras guerras foram com paus e pedras, as evoluções (?) foram com fuzis e tanques.... o que nos espera é o botão! Imagina só! Maluquinho chegou chapado no trampo depois de um show do Fugazi ( e olha que os caras da banda dizem que são anti-qualquer-tipo-de-entorpecente!) e apertou “O” botão... (...silêncio mórbido!...)
Morreu!!!!!!! Cabou!!!!!!!!!!Finito!!!!!!
“Good bye Ruby Tuesday...” (...a trilha sonora do fim do mundo tinha que ser em inglês!)

Wednesday, January 17, 2007

Dia de ver o dotô! Éééééééé!!!

Dia de ver o dotô... Maxilar deslocado, esse é o diagnóstico, e outro dia eu estava falando mal dos médicos... Mas esse até que é legal! E qualquer dia desses, mandando Paint It Black, meu queixo bate lá no joelho!!!!!
Depois do dotô, umas bandas pela city pra dar uma olhada no movimento e encontro Franz, no seu boteco tradicional, assistindo um futebol no televisor... Ele já tá numa de ir embora... falamos sobre uns livros legais... eu pego umas cervejas e bebo enquanto conversamos...
Esse lance de blog é um tipo de diário virtual né isso? Tá bom! Esse foi meu dia, que ainda não acabou...Honk Tonk Women! Descobri outro dia que os Stones também são um som bom pra cacete! Sempre me pareceram café requentado e agora que tou tendo acesso ao material antigo e original eu reconheço o valor dos caras... Sempre é tempo!
Sempre é a vontade de perpetuar! O gol que vence o campeonato... a nota certa no lugar certo da canção... meus fios brancos aparecendo no momento ideal em que digo pra mim mesmo: Mermão! Hora de mudança! Este é o momento de abraçar sua vida com braços e pernas fortes! Buscar, sem medo...
;;; queria que minha voz ecoasse todos dias dizendo essa palavras na minha cabeça! Optar...
Só se é livre realmente quando se pode optar... por isso também que liberdade só é bom pra pessoas responsáveis... liberdade rima com responsabilidade! Se não você só se fode! Eu ouvi uma banda punk cantar algo do tipo...
Vocês já leram, A Desobediência Civil, de Thoreau... leiam...
Andar...
Andar...
Andar...
Que delícia!

Monday, January 15, 2007

Num Fim de Tarde Comum

Sentei no meio-fio com a garrafa de vinho vagabundo e comecei a beber. Meu cabelo na cara e os braços aranhados, remexi os cabelos e cutuquei a ferida.
Era o ocaso bonito...
A velha saiu na porta da casa em frente e me lançou um grave olhar de desprezo. Da mochila remendada tirei o cotoco de lápiz e catei um pedaço de papel amassado no canto da parede. Tomei um grande gole de vinho e comecei a escrever:

Lá se vão as prostitutas
e com elas toda desgraça
e os “homens”/clientes
se vangloriando da foda da noite passada
foda paga...

e sobre essa mesma foda,
tão cara,
dirão:
- Aquela vagabunda fode como ninguém!
Pelo preço... penso eu,
como são nojentos,
todos prostitutos e tutas!

...
...parei...

A velha havia chamado o sobrinho, ou neto, não sei; ele ficou me olhando com aquela cara de cu podre, playboy é uma merda...
Ele me olhava como se eu não oferecesse risco, tomei mais uma golada de vinho e olhei-o nos olhos, dei mais um gole e me concentrei nos redemoinhos de poeira e lixo que se formavam na rua.
Quando a velha entrou com o bibelô, levantei, dei a golada mortal no vinho e arremessei a garrafa que passou por entre as grades e se espatifou na porta espalhando cacos de vidro, saí andando, o vinho realmente era uma porcaria...


Alisson Lima Em: 21/03/2003

Thursday, January 11, 2007

reflexão sobre o álcool, a medicina e o suicídio

É... eu sei! Eu sou um desses caras que bebem e caem! Faz parte da minha personalidade, este instinto autodestrutivo... fazer o quê? Quem sabe, um dia, um psicólogo, psiquiatra, terapeuta resolva meu problema depois que lhes dê todo meu dinheiro, que é tão pouco. Óbvio ululante!!!!
Fico aqui escutando New Order, um sonzinho alegre e triste ao mesmo tempo, extremamente cremoso, querendo tomar mais alguma coisa pra me tirar desse estado de solidez...
Os psicólogos, psiquiatras, terapeutas, seguidores de Freud, Jung, Skinner e tal, se dependerem de mim pra se tornarem milionários, estão literalmente fodidos! Prefiro fazer parte de algum experimento psicotrópico... (eita! Ato falho!).
Existem pessoas que acham que os médicos são “gente do bem”, na verdade eles são puro ego e vaidade! A possibilidade de se sentirem donos da vida a da morte faz com fiquem todos excitados, de paus duros e xoxotas molhadas!
A última cerveja tá gelando...
Essa tarde fui a praia com um antigo amigo e sua nova namorada, sossego, até a hora de virmos embora, havia uma cara no estacionamento, sentado bem atrás do carro, e eu falei pra ele que era pra nos dar licença pra podermos sair sem atropelá-lo, e não é que o cara se ofendeu! Tá bom, vai daí que o cara era um suicida, mas bem que ele poderia tentar se matar sem ter que nos deixar responsabilizados pela sua morte!
A sua vida e a sua morte são coisas extremamente... suas! Responsabilize-se por elas!
Vou ver a cerveja...

Wednesday, January 10, 2007

A Casca

Ele trazia o coração na mão, seu corpo estava molhado e cambaleava num balé epilético.
Atravessou a rua, virou a esquina, quase caiu nuns sacos de lixo e entrou pela porta do restaurante.
Sob olhares de todos os presentes se dirigiu à mesa onde estavam sua amada e o amante dela, depositou seu coração sobre a mesa e caiu no chão, morto, deixando uma mancha vermelha na toalha branca.



Alisson Lima Em: 11/06/2002

Tuesday, January 09, 2007

Se tem luar no céu, porque não tomamos a saideira?

Chovia, e eu encostado na porta do bar:
- Puta que pariu! Que chuva da porra!!!!
O pessoal ria às pândegas. Já se dispunham ao primeiro trago.
Convencido e consternado, fui pro balcão.
- Ô Xavier !!! – todo garçom tem cara de Xavier – trás duas “breja” da mais barata!!!!
E o cara de telha grosseiramente:
- Tem que pagar na hora!
Dei-lhe o valor e voltei pra mesinha onde já estávamos todos alojados e apertados na porta do bar.
E as “brejas” foram chegando...
Numa mesa um cara chupava o próprio dedo lambuzado de galinha frita, seu tira - gosto.
Numa outra uma puta chupava o dedo de um velho aparentemente excitado.
- Cada um com sua “nóia”! – pensei.
Foi num estampido interrompendo a minha reflexão que entrou no boteco o professor com cara de Luciano, - que que eu posso fazer seu eu não tive oportunidade de descobrir seu nome e, outra, o cara tinha mesmo cara de Luciano, e de professor – chegou todo encharcado, com os livros pingando e as entradas da careca úmidas e brilhantes. Ele era uma figura deplorável, uma visão do inferno!!!
Por um instante o bar parou para observar e logo depois, voltou o caos natural que é pertinente a esse ambiente, principalmente, quando na periferia de uma grande metrópole.
O professor pingava, pingueira de chuva e pingueira de suor. Pude perceber seu sobretudo e sua calça sujos de terra e grama...
Minha “breja” parecia café de tão quente e o desejo de chacoalhar a binga me impelia ao cubículo semi-oculto no fundo do bar. O professor estava curvado, resmungando palavras incompreensíveis e com os livros encharcados aos pés quando cruzei com ele na direção do mictório.
Naquele cubículo fétido e sufocante, quase uma masmorra medieval, o prazer era quase que inenarrável:
- Ahhhhhhhhhhh!!!!! – exclamei extasiado, chacoalhei e sai pela porta, o professor ainda gemia, só que agora sua palidez o aproximava do fantasmagórico e seu corpo tremia.
Sentei novamente na mesa, e o povo:
- Porra lá em casa ta foda!!!
- Quem é ela? Diga! Diga logo!!
- Hum!!! Aí que gostoso!
- Chupa aqui!!!!! (Mostrando o dedo obsceno...) Cê ta doido!?!?!?
- Puta que pariu...
- Essa questão é extremamente paradoxal...
- Reunião... com o chefe... porquê você nunca acredita?
As sextas feiras são sempre assim, eufóricas e imprevisíveis. Todo tipo de gente nos bares depois do expediente, preparando uma farra, afogando as mágoas, saindo da aula...
Ah!!!! E o professor!!!!!
Figura esquisita, em minha mente era quase sobrenatural, suas orelhas pontiagudas, mãos peludas, curvado e resmungando palavras desconhecidas numa sexta-feira chuvosa dentro de um boteco fodido do subúrbio.
Xavier – o garçon, todo garçon tem cara de Xavier – o observava com desprezo e desconfiança.
Lá fora a chuva aliviava, nós nos dirigimos à rua e para minha surpresa a noite se abria revelando uma brisa refrescante.
Fomos saindo e eu pude pela última vez dar uma olhadela no professor com cara de Luciano, ele estava babando, a noite estava agradável e a lua cheia estava lá, bonita no firmamento.


Alisson Lima Em: 19/10/2001